É TEMPO DE OCUPAR!
Mãe – Terra chora seu ventre abortado.
Mãe – Terra sangra o orvalho vermelho de seus filhos banidos.
Banidos para longe do seu colo amoroso,
sem destino, sem nome, sem razão de viver.
Mãe – Terra grita sua escravidão
sua posse e guarda está com o Capital.
E o capital investe em sua prostituição,
pois só quer dinheiro, não arroz – feijão,
vive a engordar, não partilha não,
torna a terra de lucro e não mais de irmãos.
“Como a água cristalina
como o ar e o firmamento,
e chão de todos era
e a todos doava o sustento”
E eis que torna a Mãe – Terra a sorrir
(mesmo entre uma lágrima e outra)
Vê seus filhos a luta pelo regaste da mãe,
vê seus filhos voltando, refincando as raízes
derrubando as cercas, enxotando os bois
replantando a semente de uma terra que volta
a ser terra de irmãos.
É chegado o tempo da ocupação da Reforma Agrária do trabalhador; bóia-fria se unindo
posseiro teimando
sem – terra ocupando
favelado quer posse
nos cortiços, justiça
Todos juntos em busca de um pedaço de chão.
A terra é nossa:
pura ocupar
para sobreviver
para desfrutar, seus frutos colher
não para explorar, nem para vender
Não para juntar ou fazer crescer.
Só para partilhar nosso comer
nela amar quem dela nascer
comungar e bendizer
a Deus, único dono, que a terra criou
para ser feliz!
(Vai – Vem, n.º 20, p.02)
“A TERRA É PRECIOSA, E FERI-LA É DESPREZAR SEU CRIADOR”
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pode escrever que eu deixo...........rssssssssss.